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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Pancada nessa burguesia safada/ Por Melquezedeque Farias Rosa

O asfalto vem até nós todo sensibilizado
Vem falar da sangria exposta em nossa artéria
Eles vêm com seus diplomas de graduados
Mas já somos doutorados em miséria
He haha, se liga, aqui a coisa é séria
 
Olha lá aquele mano estirado no chão
Crivado de balas da polícia desse sistema
Ou foi tiro de bandidos, meu irmão
Foi a peste de uma dessas gangrenas
Ambas bifurcadas do mesmo esquema
 
O que mata e o que rouba nossa paciência
E avermelha toda nossa esperança
É a mesmo que nutre nossa consciência
De uma sede proletária de mudança
Pelo chão de barro que piso desde criança
 
Refrão
 
Pancada, pancada... pancada, pancada....
Pancada, pancada nessa burguesia safada
Pancada, pancada... pancada, pancada....
Pancada, pancada de toda classe explorada
 
Pancada, pancada... pancada, pancada....
Pancada, pancada nessa burguesia safada
Pancada, pancada... pancada, pancada....
Pancada, pancada de toda classe explorada
 
Olha lá aquele tiozão indo pro trampo
Amargurado com um nó na garganta
Ele sabe que reclamar nada adianta
Se revoltar vem os homens com o grampo
Tem de levar a vida aos trancos e barrancos
 
E ainda dizem que o RAP faz apologia à violência
Nisso somos a carta fraca do baralho
Aponte o seu dedo onde está a confluência
Das artimanhas desse sistema maldito do caralho
Coisa de gente do asfalto e nisso eu não falho
 
Refrão
 
Pancada, pancada... pancada, pancada....
Pancada, pancada nessa burguesia safada
Pancada, pancada... pancada, pancada....
Pancada, pancada de toda classe explorada
 
Pancada, pancada... pancada, pancada....
Pancada, pancada nessa burguesia safada
Pancada, pancada... pancada, pancada....
Pancada, pancada de toda classe explorada
 
Olha lá os meninos voltando da escola
Não houve aulas não pagaram as professoras
Mas pros banqueiros eles sempre pagam em dólar
Mafiosos, canalhas, vampiros da classe opressora
Merecem uma revolta com força aterradora
 
A desigualdade não é a gente que inventa
Põe na conta do asfalto essa desgraça
Que do nosso sangue e suor se alimenta
E ainda nos acusa de fazer arruaça
Quando protestamos em ruas e praças 
 
Refrão
 
Pancada, pancada... pancada, pancada....
Pancada, pancada nessa burguesia safada
Pancada, pancada... pancada, pancada....
Pancada, pancada de toda classe explorada
 
Pancada, pancada... pancada, pancada....
Pancada, pancada nessa burguesia safada
Pancada, pancada... pancada, pancada....
Pancada, pancada de toda classe explorada

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